cabeça. Roda a girar ao longo
de mil letras. Repetidas por dentro
da cabeça. Tanta coisa a girar
como pião, ou verso de criança.
Canção que como roda, ou de roda
já não. Por dentro da cabeça, o
verso é fácil. Produzi-lo depois,
refazer coisas, as mesmas re-
petidas por dentro da cabeça.
A arte do copista por serão.
A arte do poeta, que já não.
Que foi, antes de tudo, repe-
tido. Quando o original:
salteador, bandido. Tudo,
menos vulgar ladrão.
Ana Luísa Amaral
Sem comentários:
Enviar um comentário