Sonhos a findar,
Coração magoado
Que vai sossegar,
Fica a suspirar
De vos ter lembrado,
Sonhos a findar,
Dias do passado!
Passa o vento irado,
Já troveja o mar.
Coração magoado,
Tempo é de parar.
Deixá-los passar
Nesse vento irado,
Nos trovões do mar.
Nada há-de restar
Do tempo passado
Que te fez sangrar,
Coração magoado.
Quando clarear
Tudo está mudado.
É também mudar,
Coração magoado.
Nada há-de restar.
Alberto Osório de Castro
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