seguindo a ondulação inconstante das vagas
que se vão desfazer numa branca planície,
algas dum verde-escuro, algas de formas vagas.
Vão, sem destino, errando ao sabor da corrente.
Eu cuido que uma força, ignorada e imutável,
as conduz para um porto, ou negro ou resplendente,
onde vão descansar num sossego infindável.
Assim também no mundo, errantes e sem guia,
entre o choro e o riso, entre a vida e a agonia,
demandando, vãmente, o porto que procuro,
eu vejo flutuar meus versos de criança,
tendo, a enchê-los de vida, a cor verde da esp'rança
a que a tristeza dá um tom brunido e escuro.
João de Barros
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