caminho. A folhagem desprende-se com o
movimento e a sua nudez espalha-se pela erva
anunciando um momento de loucura. Um outro
cão surge do mato com uma perdiz na boca e os
dois ficam a olhá-la enquanto uivam. O homem
cobre-a de seda encarnada, deixando que o peito
toque no chão e desse lugar se soltem dois corvos
bravos. Há um cisne que procura chegar-se à água
e garças que aguardam migalhas deixadas pelos
peixes. Tudo se concretiza dentro de uma zona escura,
de uma rede, perto de um precipício, mas o homem
não consegue sequer levantar o rosto com os dedos.
Jaime Rocha
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