(A uma árvore seca num velho pátio da
Rua da Palma.)
Todos os dias passo à tua beira
árvore que tens nos troncos e na rama
um destino igual ao meu.
E o mesmo rumo
sem chama
nem fumo.
Aranha de solidão
a tecer como eu
cinzas de não haver fogueira.
Todos os dias passo à tua beira...
(Mas ai de quem só tem chão!
-- sem labaredas
nem asas de um momento
para ir procurar veredas
no país do vento!)
Rua da Palma.)
Todos os dias passo à tua beira
árvore que tens nos troncos e na rama
um destino igual ao meu.
E o mesmo rumo
sem chama
nem fumo.
Aranha de solidão
a tecer como eu
cinzas de não haver fogueira.
Todos os dias passo à tua beira...
(Mas ai de quem só tem chão!
-- sem labaredas
nem asas de um momento
para ir procurar veredas
no país do vento!)
José Gomes Ferreira
s#7
2 comentários:
acho q a simbiose q se cria entre poeta e demais criaturas q o rodeiam é algo de mt único, e original, com o tal processo de analogia e transferência de sentimentos, sensações, percepções...é o q se denota neste poema.
gostei especialmente da última estrofe, entre parêntesis, refere a liberdade de voar no vento...
Torna-se o poeta em natureza...
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