E se se esconde a aberta sepultura,
Ao vosso rogo o devo, ó Virgem pura,
Por quem me quis livrar a Mão Divina:
Sem Vós debalde a experta medicina
Traça e aparelha a desejada cura;
Sem Vós o índio adusto em vão procura
A amarga casca da saudável quina.
Quando em luta co'a morte me contemplo,
Sem haver já no mundo quem me valha,
Do vosso grão poder, (que grande exemplo!)
Vencestes; e, em memória da batalha,
Penduro nas paredes deste templo,
Rasgando, um novo Lázaro, a mortalha.
Nicolau Tolentino
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