terça-feira, 14 de dezembro de 2010

CASIDA DO FALCÃO E DA LUA (fragmento)

Noite na cúpula do céu.
Um falcão voando sob a lua
traça o veleiro de sombra nas areias.
A alcova diz ao alaúde das seis cordas
que vença a mágoa do vento apaziguado.
Morre a volúpia das rugas?
Tâmaras e sândalo, evanescentes dédalos.
Almíscar e carícias, venenos de um arfar.

E o falcão busca ainda voando sob a lua
a miragem de um guante para poder pousar.

Adalberto Alves

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