é quase árvore:
luz, fixa,
suspensa
do teu olhar, do vento,
dos vultos que num adejo vela,
desvela de repente;
vê moverem-se
ávidos do seu voo
o chão, casas, o bosque
onde o seu ninho a chama,
e uma face
que vai de corpo em corpo;
vê o pântano que sob asas
é rio fugitivo,
sulco de sua fuga imóvel.
José Bento
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