Nunca escutei voz de gente. / Em verdade sou muito pobre. - Carlos Drummond de Andrade
sexta-feira, 24 de dezembro de 2010
DESAMPARO
Não posso olhar de frente as torres deste castelo
habitado pelas trevas.
Quando os lobos uivam e aberta já está a lua,
as flores amargas dos teus olhos
desfazem-se aos meus pés.
E o pó, as cinzas, os restos de tudo o que
respirava,
amontoam-se à beira deste mar.
2 comentários:
O tecido deste poema: antídoto contra a tóxica alegria plastificada no entorno, nas ruas, nesta São Paulo natalina.
Esse poema é melhor que cortizona para um asmático.
Volta-se a respirar no tempo certo.
Ainda melhor, Rose :)
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