e alazã, flor quadrúpede e equina.
Era uma vez uma potranca pampa.
Fazia voar nos cascos a campina.
De mulher tinha o cheiro das axilas,
e a cor da vulva no vigor das ancas.
A energia brotava das narinas,
do suor, dos pêlos da potranca pampa.
Era uma vez a filha do Centauro,
quase aérea, suspensa pelas crinas,
a nostalgia do primeiro páreo.
Dor de vê-la cair na pista intacta,
morta e atenta à partida sobre os quatro
galopes paralíticos nas patas.
Mauro Mota
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