quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Thelonious só amado pelo nome
estranho
Thelonious cagança da burguesia surda e bem cheirosa
Monk senhor dos espaços
Monk cavalheiro das dissonâncias
Thelonious Monk gigante de chapéu

José Duarte

2 comentários:

rose marinho prado disse...

Thelonious pode ser um nome. O poema recorta isso e libera o nome, o homem. Nem é produto . Bendito seja o produto que venha a nós.
Mas na briga do 'quem sabe mais' o produto diverte, converte, exige e exibe.
Arte fruição de nariz empinado não é arte? Não é não, ó, Senhor.
Mas todos têm o direito até o demônio aí no texto nomeado burguesia. Com todos os Thelonious ninguém pode. Que Channel virasse perfume , isso posto e desejo dela. Mas pense na tecla que a Thelonious revela.
Thelonious não se deixa aprisionar neste poema nem no nome, um sim que delineia que nem tudo é mercadoria. Mas pode ser, e chique chique...
E no facebook? Lulu curtiu isto: Thelonious

Ricardo António Alves disse...

Oh a burguesia surda e bem cheirosa!
Eu gosto da burguesia (tem dias).
Gosto do bom cheiro.
Não gosto de surdos
nem de mal-cheirosos.
Nem tudo é produto, felizmente, mas há produtos que acertam.
Fruição de nariz empinado é snobismo, é a fruição dos sin nobilitate).
Channel cheira bem.
Picasso não é carro.
Thelonious «senhor dos espaços».
Não posso ver a Lulu agora; estou a ouvir o Sinatra a cantar o «Jingle Bells», com aquele coro feminino que faz ondular, sabe?