quarta-feira, 3 de novembro de 2010

HOMEM AO MAR

No vale onde me encontro
ouço os sinos das igrejas
às horas certas.

O vento é o meu nevoeiro,
o badalar é o mugir do meu farol.

Homem das cidades marítimas,
sinto o cerco dos montes, dos penedos, da floresta.
Sei que há lobos,
javalis escondidos,
cavalos selvagens pastando solitários.

O pio nocturno da coruja
não me deixa esquecer onde estou.

Vilar, Gerês, Agosto de 2000

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