segunda-feira, 8 de novembro de 2010

A minha força, o meu desejo, a minha
Sede infinita de Arte e de Beleza
Que aos Deuses me aconselha e me avizinha
Do sentido melhor da Natureza;

Esta sombra, esta luz que se desprende
Do fundo da minha alma e do passado,
-- Alma que a própria alma não entende
Apesar de a sentir sempre a seu lado;

Este ansiar eterno que alevanta
Meus braços para a luz, que sonha e canta
E vai comigo sempre aonde eu vou,

Esta Vida maior que em mim palpita
E luta e espera e se revolta e grita,
-- Donde vem, quem ma deu, quem na criou?

Augusto Casimiro

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