Um azul que fica na retina
Um rosto que sonha numa canoa
Um barco que passa uma ave que voa
Um desejo que fica pelo ar
Azul e penetrante como o mar
Passa o barco lentamente
Passa a tarde passa a vida
E um vulto que ao passar canta baixinho
Existe ao longe um ar tranquilo
Sossegado como buda de marfim
Quem disse que ali era a cidade!
Há um barco que passa uma ave que voa
Um azul que fica na retina
Um rosto que sonha numa canoa.
Henrique Guerra
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