segunda-feira, 22 de novembro de 2010

ENTARDECER

Um barco que passa uma ave que voa
Um azul que fica na retina
Um rosto que sonha numa canoa

Um barco que passa uma ave que voa
Um desejo que fica pelo ar
Azul e penetrante como o mar

Passa o barco lentamente
Passa a tarde passa a vida
E um vulto que ao passar canta baixinho

Existe ao longe um ar tranquilo
Sossegado como buda de marfim
Quem disse que ali era a cidade!

Há um barco que passa uma ave que voa
Um azul que fica na retina
Um rosto que sonha numa canoa.

Henrique Guerra

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