quinta-feira, 11 de novembro de 2010

O POMAR DO TEU NOME

1.

Minha constelação de versos nunca ditos,
que são teus olhos? -- Pomares de rosas,
estrelas que nos beijos eu pressinto...
Pomos onde me afogo como taça.
E nervos de fogo as minhas mãos em teu corpo fugidio.
Sagrei-te numa noite de mar e de maçãs
ao ritmo de futuros prometidos,
e as calçadas incendiaram-se no lugar do teu nome
descobrindo-se.

Manuel Cândido

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