quinta-feira, 11 de novembro de 2010

VENTO DE LIBERDADE

Das entranhas da terra
irrompe um vento alucinado
que varre... varre... varre
as folhas secas do mundo...

Vento que geme e uiva fundo
e fere como punhais
o coração dos mortais...

Vento horrível e cruel
que espezinha e enrodilha
e dá guerra sem quartel...

E ora rasteja em gemidos,
ora se eleva em furores
e uiva como um trovão,
é VENTO DE LIBERDADE
que o pobre mundo assombrado
pretende reter na mão...

Amélia Veiga

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