6. Porque faço dele o meu eleito, o capitalista incarna a virtude, a beleza, o génio. Os homens consideram espirituosa a sua estupidez, afirmam que o seu génio está acima da ciência dos pedantes. Os poetas pedem-lhe a inspiração e os artistas recebem de joelhos as suas críticas. As mulheres juram que ele é o Don Juan ideal. Os filósofos erigem os seus vícios em virtudes. Os economistas descobrem que a sua ociosidade é a força motriz do mundo social.
Paul Lafargue
(J. Mega)
2 comentários:
Mas, se o capitalista é estúpido, este de Lafarque, por que raios os poetas e artistas lhe pedem inspiração? De que artistas ele fala?
Lafarque, genro de Marx...se não me engano...Fez a apologia ao ócio...
( nao entendi nada, mas discordo rs)
Bem, Rose, haverá coisa mais estúpida que a ganância?
Poetas e artistas prostiputas é o que não falta por aí.
Enfim, está demodé, é verdade, mas é sempre bom descarregar nesta canalha.
Como cantava o Fausto (um cantor de protesto daqui), nos idos de '75: «O patrão parece um balão. / À porrada que é cabrão!»
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