que se perdem na rua sem ninguém,
algumas voam, batem nas janelas
ao jeito inquieto de quem chama alguém.
Velhas folhas desgarradas,
andam de todo perdidas:
vivem de coisas passadas,
de lembranças esquecidas.
Mas guardam lindas histórias,
segredos de enternecer:
-- as venturas ilusórias
são mais fáceis de entender.
Folhas despertas do sono,
guardam também um tesoiro:
quando, à tarde, o sol do Outono
lhes empresta brilhos de oiro.
Augusto Ricardo
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