Que, na rua, cantemos? Pobre dela
Se há tanta gente a ouvi-la, disfarçada
Por detrás das cortinas da janela!
Pedem-me versos de tema triste.
-- Pagam? -- pergunto.
-- Sim.
-- Viva o talento!
E como a voz do mercador insiste,
Hesito entre um enterro e um casamento...
Pedro Homem de Melo
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