sábado, 30 de outubro de 2010

QUATRO POEMAS DO RETARDADOR (1)

Lento, no lago, naufraga
Um lírio, liricamente...
-- E lento se torna algente
O luar que o lago alaga.

Lento, ao luar liquescente,
As lentilhas se afastaram...
Mas logo, lento, voltaram
A juntar-se, novamente.

(E um leve ondular dolente
Foi o que fátuo ficou,
Do lírio que se afundou
Lento, lenta, lentamente...)

Carlos Queirós

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