Em que, lembrando as horas de paixão,
Pergunta à Musa o sonho do Poeta
Se ela é fiel à sua adoração...
Este -- o ritmo de amor em que, discreta
E oculta e desejosa de ilusão,
Minh'alma balbucia a dor secreta
De nunca dominar teu coração...
Este -- o soneto do viver profundo,
Em que a frase mais pobre é todo um mundo
De incerteza, de mágoa e puro ardor...
Vai para ti meu coração veemente...
-- Mas tu, Amor, se existes realmente,
Nem mesmo sabes que és o meu Amor!
João de Barros
Sem comentários:
Enviar um comentário