domingo, 17 de outubro de 2010

BRISE MARINE

La chair est triste, hélas! et j'ai lu tous les livres.
Fuir! là-bas fuir! Je sens que des oiseaux sont ivres
D'etre parmi l'écume inconnue et les cieux!
Rien, ni les vieux jardins reflétés par les yeaux
Ne retiendra ce coeur qui dans la mer se trempe
O nuits! ni la clarté déserte de ma lampe
Sur le vide papier que la blancheur défend
Et ni la jeune femme allaitant son enfant.
Je partirai! Steamer balançant ta mâture,
Lèvre l'ancre pour une exotique nature!
Un Ennui, désolé par les cruels espoirs,
Croit encore à l'adieu suprême des mouchoirs!
Et, peut-être, les mâts, invitant les orages
Sont-ils de ceux qu'un vent penche sur les naufrages
Perdus, sans mâts, sans mâts, ni fertiles îlots...
Mais, ô mon coeur, entends le chant des matelots!

Stéphane Mallarmé

2 comentários:

rose marinho prado disse...

Gosto de Mallarmé.
Quando fiz faculdade, eles o incensavam tanto....Exageravam.
Diziam que Drummond é um poeta menor. Nem fazia parte da grade curricular, nem Vinicius.
E mandavam que lêssemos Ezra Pound. O tal ABC, o guia para todos.Aos poetas da modernidade, tudo e o resto , ao nada. Poetas universais , o resto, nada. ´
Ensinavam-nos a detectar um poeta da modernidade. Hum...que besteira.
Dos poetas da lista 'estrelada' estava o Lance de Dados. Eu gostava...e nem tinha problema algum com ele, nem revolta dq de ser obrigado a gostar de X.
O tempo passa e felizmente consigo esquecer a tal faculdade de Letras que tanto mal me fez. Mallarmé ficou , ótimo.

Ricardo António Alves disse...

A universidade está cheia de funcionários. A par de gente de grande qualidade, prosperam uns carreiristas insignificantes, produtores de lixo académico. E o que é triste é prosperarem à sombra de nomes respeitados, mas, pelos vistos, pouco respeitáveis, porque protegem a mediocridade, proivavelmente com medo da sombra.
O que você me diz do Drummond e do Vinicius é sintomático; por cá é a mesma porcaria: tudo by the book, universidade e imprensa "cultural". Felizmente, há vozes independentes, que sabem pensar por si e não se deixam amedrontar pelo establishment académico.
É claro que os grandes ecritores (ou músicos, ou...) podem bem com essas insignificâncias, já que a obra impõe-se. O tempo é sempre implacável. O pior são os alunos que sofrem as misérias do lixo carreirista.