Como um cortinado,
Sobre a erva fria
Do campo orvalhado.
E eu, (fauno em vertigem
A rondar em torno
Do teu corpo virgem,
Sonolento e morno),
Pensava no lasso
Tombar do desejo;
Em breve, o cansaço
Do último beijo...
E no modo como
Sentir menos fácil
O maduro pomo
Do teu corpo grácil.
Ou sem lhe tocar
-- De tanto o querer! --
Ficar a olhar,
Até o esquecer,
Ou como, por entre
Reflexos de lago,
Roçar-lhe no ventre
Luarento afago;
Perpassando os meus
No teus lábios húmidos,
Meu peito nos teus
Brancos
seios
túmidos...
Carlos Queirós
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