Suspende timidamente a âncora perdida:
Debruça-te ao de leve na trémula paisagem,
E depois suspira.
Ouve!
Efémeros são os sorrisos do orvalho:
As formas veladas espreitam, fugitivas,
O fluido das estrelas.
Ouve!
Prendeu-se o coração de alguém enamorado,
Lamentam as árvores nuas o herói adormecido,
E o instante pára.
Mas tu não ouves...
Só tu sobrevives e rasgas no abismo
Os véus castos do sonho!
Ruy Cinatti
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