quarta-feira, 27 de outubro de 2010

PIRÂMIDE INVERTIDA

Na individualidade triangular do ápice
Sujaremos com terra a púrpura pegajosa

Do lado branco pobre e básico
O índio e a febre amarela
O negro e a festa trágica

Em breve trajetória dialética
Mudará o artista paralelas intocáveis
Empurrando as linhas-retas-pontilhadas
Tingindo a santa trindade mística

Pois o triângulo é pedra e lápide
Do tumulto do sustento insuportável
Desses faraós reclassificados

Ricardo G. Ramos

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