Entre os poetas e as árvores, os elos
São tais, há tão estreitas alianças,
Que revelam, nas verosimilhanças,
O sentimentos líricos mais belos.
A cumprirem destinos paralelos,
Em confraternidade, sem mudanças,
Na primavera se enchem de esperanças
E no outono de pomos amarelos.
Ambos, continuamente, fazem versos.
Na aparência mostrando-se diversos,
São seus pontos discordes diminutos.
Em colaboração, inspiradores,
Tendo a mesma pureza nos dão flores,
Tendo a mesma bondade nos dão frutos.
Martins Fontes
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