quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O VIOLINISTA CEGO

Sob a leveza do arco,
Que o dia esconde ao olhar,
Naufraga à sombra de um barco,
Que nunca volta do mar.

Indiferente à pressa do cais,
A noite faz por esquecer
Que só o cão, ninguém mais,
Lhe dá os olhos p'ra ver.

Vergílio Alberto Vieira

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