a um Rio que me engolisse
donde eu não mais regressasse
p'ra que mais ninguém me visse!
Ai barco que me levasse
sem vela ou remos, nem leme
p'ra dentro de todo o olvido
onde não se ama nem teme.
Ai barco que me levasse
aos tesouros conquistados
por entre esquinas de perigos
dos mil caminhos trilhados.
Ai -- onde? -- que me levasse
bem dentro de um vendaval...
Barco berço, barco esquife
onde tudo fosse igual:
Ai barco que me levasse
toda estendida em seu fundo!
Nesga de céu a bastar-me
toda a saudade do mundo!
Ermelinda Pereira Xavier
Sem comentários:
Enviar um comentário