Ao penugento arfar da viração,
Sob os mimos da luz, sorrindo estão,
Radiosas como bocas, como estrelas.
Tu que andas, fina e pálida, a colhê-las
Para alindar com pura devoção
Teu oratório, ansioso o coração,
As mais vivas escolhes, as mais belas.
Já encheste, afanosa, duas cestas,
Mas ainda quer's mais! E desbotadas,
Por entre as rosas mil, de essências brandas,
As tuas mãos, translúcidas e lestas
Lembram duas freirinhas maceradas,
Conduzindo ao recreio as educandas.
Eugénio de Castro
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