mudou-se em vivo escarlate.
Mudou-se o acre limão
em bombom de chocolate.
(Que se riam, à vontade,
dos meus olhos sem canseira!
Quem estiver à minha beira
que pressinta o disparate...)
Aquele cinzento é ruivo
como um beijo que faz sangue...
E o silêncio fundo é um uivo...
E o gesto exangue e langue
dá cabriolas... O goivo
para mim é cor de sangue.
Saul Dias
Sem comentários:
Enviar um comentário