domingo, 6 de fevereiro de 2011

G. F. H.

E de novo me defronto consigo sem coragem
Repare que não estamos em Dublin
Nem este nevoeiro é o seu nesta manhã
Nem o disco reproduz totalmente a sua escrita.

Encolho-me nas definições de quem percebe
Cito Beethoven com facilidade mas não chega
E a sua perfeição não me provoca qualquer náusea
Antes me atrevo a repetir as audições

Se a perfeição existe você é então perfeito
Os sons arrumados na pauta são desenhos
E a realidade que retratam não existe
Apenas o seu mundo a compreende

José do Carmo Francisco

2 comentários:

Cris de Souza disse...

que silêncio é esse...

Ricardo António Alves disse...

como sabe, Cris, muitas vezes é eloquência...