Que nem pudera revelar mais puro.
Alto, saudoso, inatingido muro,
Onde com o céu rolei, num calafrio.
Brasa de estrêla, crepitar macio
De facho imóvel no silêncio escuro:
Sonho remoto vindo de um futuro
Que muito mal nas mãos desfaço e crio.
Queimei-as na insofrida claridade
Que desnudava as únicas janelas
Abertas sôbre o beco friorento.
Uma aflição de ausente, uma saudade
De azul perdido e flôres amarelas,
Restos de morte, patamar cinzento...
Alphonsus de Guimaraens Filho
Sem comentários:
Enviar um comentário