Vão os plátanos despindo;
Ouço-as na álea caindo
Numa cadência de espuma...
Mais uma, negra, se abate,
Como bacante já lassa:
Rolando quase me bate
Num agoiro de desgraça.
Erguem-se agora ligeiras,
Lá partem, rentes do chão,
Todas juntas em fileiras,
Numa brusca emigração.
Sobre as áleas alagadas
Parecem almas sem nome
Que leva pra além dum rio
Caronte de mãos geladas...
Dezembro abre com fome
A goela de vazio...
Alexandre d'Aragão
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