quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Um áspero deserto me encerra no seu peito
Do qual sou sua pena e palpitar.
Sob a veste da noite por mim arde uma brasa
E luz formosa a túnica do amanhecer.
Dou-me às trevas: cálido vento
Que entre pestanas de nuvens vai passando.
A noite, grandes e negras pupilas,
Cerra-me os olhos
E sorri-me a aurora com soberbos dentes.

Ibn Al-Murahhal 

(Adalberto Alves)

Sem comentários: