deixar a ilha tão pequena
que o vento nómada
bafeja
e as ondas do mar
rodeiam.
Fugir,
buscar terras mais ao longe
onde a alma errante
caminhe.
Partir,
deixar na terra o canto duma morna
que o emigrante
recorde.
Fugir,
deixar no mar o sulco branco
da hélice do vapor,
que as vagas mansas
apaguem...
Nos olhos a saudade retratada
da distância percorrida.
Noites de vigília
sonhando com a distância longínqua
o caminho por andar.
(Minha estrada de vagas verdes,
cintilação de salitre nas faces,
canção de ondas no costado.)
Só nos olhos
(saudade estranha)
a distância percorrida,
-- por percorrer.
Arnaldo França
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