sábado, 5 de fevereiro de 2011

Às vezes apetece
um pequeno pátio      um sibilar de vento
e aroma de mar
apetece um sulco de giz
no rosto do poema
um laço
uma ponte entre o clamor do vento
e a haste do mundo

às vezes apetece
um mapa
um gesto camponês
lavrando a solidão incendiando a terra

apetece um ofício puro
uma estrela ardida no lugar do coração.

Fernando Jorge Fabião