sábado, 15 de janeiro de 2011

Deixem-me entrar no poema.
Lâmpada de segunda natureza para olhar
os mortos.
Os mortos bem amados
que a terra devorou e o outono expele
em chuvas ácidas.
Deixem-me entrar no poema.
Os meus pulmões já sabem respirar
a música de deus no ar
da peste.

Armando Silva Carvalho

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