do mund' en como soían seer,
e vej' as gentes partir de fazer
ben que soían -- tal tempo nos ven! --
mais non se pod' o coraçon partir
do meu amigo de mi querer ben.
Pero que ome part' o coraçon
das cousas que ama, per bõa fé,
e parte-s' ome da terra ond' é,
e parte-s' ome du gran prol ten,
non se pode parti'lo coraçon
do meu amigo de mi querer ben.
Tôdalas cousas eu vejo mudar:
mudam-s' os tempos e muda-s' o al,
muda-s' a gente en fazer ben ou mal,
mudam-s' os ventos e tod' outra ren,
mais non se pod' o coraçon mudar
do meu amigo de mi querer ben.
João Airas de Santiago
4 comentários:
O poema, leio mais tarde...
Agora, um texto q saiu na imprensa brasileira hoje. É sobre portugueses.
http://avaranda.blogspot.com/2011/06/joao-pereira-coutinho-regressar-para.html
Obrigado, Rose, vou espreitar. Ele é um comentador muito conhecido por cá, e creio que escreve também na Folha de São Paulo.
Já li. Pois. Algo do que ele diz é verdade (em especial tudo o que tem que ver com as navegações dos portugueses e o Império - esqueceu-se da Inquisição) mas di-lo em tom ligeiro e de piadola, quer fazer sorrir, quer agradar (não tenho grande pachorra); e concedendo que está a escrever para um público estrangeiro, não deixa de ser um monte de banalidades.
Imaginei que assim fosse, por isso, mandei...
Muito espaço na imprensa para quem brinca e brinca.
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