Vida que sobe das esquinas ocultas
no mar sem águas, no mar
com águas sem sal que vêm a diluir-se
lá no fundo das distâncias mágicas!
Vida para quê?
Ó distância da vida pouco e pouco escoando-se.
Mistério do caminho cada vez mais certo?
E as auroras que eu via
e nelas me alava para as viagens futuras!
Mas não esta viagem em limite,
de passadas mutiladas.
Mar, tu és o que fica.
Osvaldo Alcântara
5 comentários:
É,,,o mar fica para o poeta. E se o mar é o mar do poeta o poeta fica também mesmo que vá.
como cria das águas, até suspirei...
um beijo do mar!
Lembrei-me do meu primeiro soneto, espia:
Mar à benção
Etérea, brinda-me no horizonte
Amplitude de águas insuflantes
Mistério, elevação explendorosa
Ao rebordo áurea franja vaporosa
Celestes, sobre paisagem destilada
Estrelas flutuam-no abençoadas
Posto ao céu delinear profundeza
Segredos comungam em natureza
Universo vislumbra conspirando
Infinitos sais gotejam segredados
Entorpece-me à visão, marejando
Gotas abrigadas pairam imaculadas
Sublime, hipnotiza-me o semblante
Sua benção, meu mar, que deságua!
(Cris de Souza)
Rose, pois fica.
Cris, o mar como berço da vida.
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