Uma duração precisa,
que se despede informalmente
nos beijos que já não dá.
Ó meu bom Jesus de Braga,
eu não saberia como ficar,
remendando os dias
com o apressado amor das coisas.
Tudo finalmente finda.
Na calamidade das mãos,
um cigarro que arde impróprio
sobre as manhãs exaustas.
E ninguém me quis,
pelo menos.
De que vos falarei,
com palavras póstumas
onde o rancor se apaga?
Era uma vez
aquele jogo triste que não sei jogar.
Manuel de Freitas
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