É um refrigério ideal que me regala,
Quando a sombra do mundo me condena,
A tua sombra, Mãe, me absorve e embala.
A tempestade ulula? A Dor estala?
A tua sombra é lindo véu que acena.
-- Sombra que reza, que tem voz, que fala!...
A sombra do teu vulto de açucena!
Sinto-a pairar, em forma de asa aberta,
Por sobre o pó da minha estrada incerta,
Amenizando as pedras e os abrolhos.
Beijo-a como quem beija o azul dos céus,
Amo-a como quem ama a luz de Deus,
Infinita doçura dos meus olhos!
Moreira das Neves
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