na distância da manhã por vir,
na indecisão das camuflagens
e do rumor da guerra,
há agonias esbatidas no negro-fumo
da pólvora
dos homens que se batem.
Aquém, é a luta na retaguarda!
Às dores que nos campos de batalha
o golpe de misericórdia é dado
pela metralha,
correspondem nas fileiras de trás
ansiedades intérminas de almas
e lutas maiores...
Há evacuações despedidas, alarmes,
e notícias de comboios torpedeados.
Há a guerra dos nervos destrambelhados:
A guerra que ficou em nós
das notícias de guerra!
E há noites incalmas
de almas
que escrevem poemas
aos poemas dos nossos nervos em guerra.
E fica-nos a certeza
de que há um «front» em toda a gente.
A leste, ao sul, no espaço.
Em nós
há guerra. -- Aqui e além.
Guilherme Rocheteau
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