minha senhora
de mim
sem ser dor ou ser cansaço
nem o corpo que disfarço
Comigo me desavim
minha senhora
de mim
nunca dizendo comigo
o amigo nos meus braços
Comigo me desavim
minha senhora
de mim
recusando o que é desfeito
no interior do meu peito
Maria Teresa Horta
2 comentários:
Um clássico absoluto da poesia portuguesa do séc.XX, escrito há 40 anos (como o tempo passa!...), e cujo livro de título homónimo tinha esta frase de Marguerite Duras em epígrafe: «J'ai le temps,que c'est long!».
Oui...
maravilhosa poet(is)a
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