Podes viver sem máscaras O Sol
é forte e o indiscreto olhar viola
devassa gota a gota o sangue e as lágrimas
A roupa esconde o corpo só o rosto
não tem resguardo Com a própria pele
inventa máscaras de luz e sombra
Onde é que elas acabam principiam
é no mover das rugas no acender
dos olhos Máscaras de ao pé da porta
cumprimentar sorrir fechando a alma
não quero as de enganar nem de mentir
Buscas no espelho as máscaras perdidas
olhas os olhos o franzir da boca
não te afogues no espelho de Narciso
António Borges Coelho
2 comentários:
Bom!
O ABC é um grande historiador português, e poeta bissexto (pelo menos em edição).
Enviar um comentário