as carnes deste mancebo
que uma donzelas de cebo
de mui longe amamentavam.
Tinha pedaços de bocas,
seus olhos pedaços d'olhos,
que foram bocas e olhos
d'outros olhos, doutras bocas!
Álcool de noite e de dia,
mulheres podres dia e noite
espadanavam açoite
naquela carne vazia.
Caía a carne com sono
com tendênia a desmanchar-se
e com tendência a sentar-se
nos degraus do abandono.
Os degraus eram d'outono
caídos, baixos, pesados,
com silêncios vazados
em grande taças de sono!...
E se me ponho a cismar
na aventura do não-ser
meu estro vai fenecer
nos 'scombros d'Além do Ar!
...O fim da tarde era doce
de quebrança e de fadiga:
a boa vida inimiga
tornou-se amiga, isolou-se!
Mário Saa
2 comentários:
versos de sabor apurado...
salve, silva!
Salve, Cris!
O gosto é todo meu.
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