Nunca escutei voz de gente. / Em verdade sou muito pobre. - Carlos Drummond de Andrade
sábado, 15 de janeiro de 2011
Deixem-me entrar no poema.
Lâmpada de segunda natureza para olhar
os mortos.
Os mortos bem amados
que a terra devorou e o outono expele
em chuvas ácidas.
Deixem-me entrar no poema.
Os meus pulmões já sabem respirar
a música de deus no ar
da peste.
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