e letra a letra construo uma casa
leve e obscura como um poema
Escrevo como quem da mágoa
se despede e é outra cor
O espanto inunda as mãos (aves sem peso)
e uma canção antiga
nasce no interior das sílabas
Um saber precário consome a minha voz
Um pedaço do mar
Um véu rasgado
Olho devagar os rostos
(luz matinal)
e à volta dos lugares
desenho um arco de orvalho e mel.
Fernando Jorge Fabião
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