Há perfumes no ar, rosas primaveris
Nos jardins.
Mas, na Rua, há arcos de palhaça
Por onde passam galgos, -- belos cães do pólo;
O amor e a desgraça,
Mãos pedintes, as mães, com filhinhos ao colo!
Mas, como bola dentro de assobio,
Ou presos na amurada dum navio,
Há olhos na cadeia -- olhando às grades!
-- Porque deixaram livre o manequim
E me prenderam a mim?
Cá fora, os lenços vão molhados de saudades.
Afonso Duarte
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