Volta o navio.
Traz muitas léguas andadas,
Traz muitas tábuas quebradas
E muitas cordas partidas.
Certo dia perdeu vidas
Além, ao largo, ligeiro...
Vida dum raio!
Oh! fumos de marinheiro,
Hálitos rudes da onda,
Baloiço de Portugal!
Meu santo!
É ele o navio
Além, ao largo, ligeiro...
Eu digo
Não sei porquê
Que se parece comigo:
Noto-lhe as velas doiradas
Já no fio...
E rio...
Pois já se vê.
No entanto,
Volta e não volta
Baloiça o navio...
Além, ao largo, ligeiro...
1927
Gil Vaz
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