teus frutos tão sem sol neste pomar?
Ai de nós nesta terra sem florir!
Outubro nos escorre devagar...
Nos campos, sem besouros a zumbir,
pararam todos já de trabalhar.
Os motes que glosávamos a rir
novembro, em tristes voltas vem glosar.
E tu, sazão, que este País fruía,
quem te ofuscou do Nume o brilho louro
arder nos faz em labareda fria...
Eis perdida no caos a Idade do Ouro!
E a crer em quanta crença e profecia,
este tempo será mais duradouro...
Jayro José Xavier
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